A Cura
A
cura para todas as doenças, dores, adversidades, é a consciência. Dores,
doenças e situações adversas só chegam ao ponto de ocorrer, após um processo
que leva a elas, na medida em que compreendem um sinal de alerta, quando as
coisas chegaram a um ponto de gravidade, de sedimentação, por assim dizer.
Nesse sentido, estar consciente é perceber o início desse processo e ter a
possibilidade de escolher evita-lo, ou seja, não percorrer esse caminho da dor,
adversidade e doenças. Desde muito tempo que nossa sociedade prega a ideia de
que as doenças, as dores e as adversidades tem a capacidade de nos fortalecer,
o que é um equívoco que nos leva enquanto seres humanos validarmos e com isso
caminhar em direção as dores, doenças e adversidades. O fato não é que essas
nos tornam mais fortes, mas como sendo um resultado da sedimentação, da
materialização, ou ainda somatização de conflitos emocionais não resolvidos e
ignorados, ou ainda padrões de pensamentos negativos, ou comportamentos e
hábitos, mesmo no âmbito mais concreto, como alimentação, etc., chegam no seu
“fim de linha”, ao que temos a dor, a doença, a adversidade, que vem como que
para nos sacudir, nos tirar do automático, e com isso nos proporcionar a
mudança necessária, o desvio de rota mais que necessário, tendo em vista o fato
de que se se continuar andando naquela direção, se encontrará a morte, ou
suicídio “inconsciente”. Por tanto, as dores, doenças e adversidades, são um
sinal de alerta para aqueles que não estão despertos ou conscientes.
O estado
de estar consciente é um estado de percepção dos nossos processos orgânicos –
inerente ao corpo físico -, mental – inerente a nossa psique – e espiritual, o
qual perpassa pelo campo quântico das possibilidades, seus desdobramentos ou
consequências, resultando assim em ações, condutas, comportamentos e escolhas
responsáveis, as quais sempre tendem a corroborar para a vida, a abundância, a
manutenção do Todo, do qual fazemos parte, e que por sua vez se o ofendermos ou
destruí-lo, estaremos atingindo necessariamente a nós mesmos.
De
modo a se compreender melhor o que foi dito acima, pensemos em uma pessoa
inconsciente como um cego, que por não enxergar com os olhos físicos, muitas
vezes estar a caminhar em direção a um poste. Ora, se ele continuar andando
nessa direção, inevitavelmente vai bater no poste e tenderá a se machucar, a
não ser que desvie, tome outra direção. É claro que tem muitos cegos, ou seja,
que não enxergam com seus olhos físicos, que são muito mais perspicazes,
atentos e conscientes, do que muita gente que tem seus dois olhos funcionando
bem, e ainda assim vivem no automático, não percebendo nada em sua volta, nem
em si mesmo, em seus processos internos, estando esses adormecidos, chegando
mesmo a ter que bater no poste a sua frente, para poder percebê-lo.
Esse
universo no qual vivemos é um universo de reflexões, o que significa que ele
apenas reflete todas as nossas ações, pensamentos, palavras. Assim, aquele que
insiste em culpar algo ou alguém, está negando a si mesmo a oportunidade de adquirir
consciência, a qual perpassa pela responsabilização de si mesmo enquanto ser
humano – palavra que vem de húmus, matéria orgânica - aquele que fertiliza a
vida que se manifesta das mais infinitas formas, que cria, transforma, alimenta
as possibilidades, tornando-as reais.
O tempo
que estamos vivendo, não é mais de isenção, pelo contrário, mas de responsabilização
por tudo o que aí está, de modo que cada um individualmente é o responsável
pelo estado de coisas vigente, cabendo a cada um individualmente mudar a sua
conduta, buscar meios e alternativas para se libertar das amarras ilusórias que
criou, da dependência de um sistema que nos consome a todos. Nunca o mundo
esteve tão repleto de informações, de conhecimento, e nunca esse acesso a
informação esteve tão amplamente difundido, nesse sentido, a ignorância, tem
deixado de ser argumento para a não mudança, sendo antes de tudo a razão para
não mudar, a displicência, o apego, o vício, o comodismo, a inércia.
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